Olimpíada
do Conhecimento tem inovações para qualidade de vida e saúde
Publicado
em 05/07/2018 - 14:37
Por Carolina
Gonçalves - Repórter da Agência Brasil Brasília
Uma viagem ao futuro que
começa com a travessia de um túnel onde as paredes projetam imagens de novas
tecnologias já presentes nos nossos dias. A partir dali, olhares curiosos
mergulham em um universo de novas possibilidades sequer pensadas pela maior
parte das pessoas e que prometem melhorar a qualidade de vida, produtividade e
a saúde da humanidade.
O cenário é o da 10ª edição da
Olimpíada do Conhecimento, aberta gratuitamente ao público a partir
de hoje (5), no Centro Internacional de Convenções de Brasília. Os
experimentos foram desenvolvidos por alunos do Senai e do Sesi e também por
empresas.
Na cama, o travesseiro ergonômico é produzido com
copos e sacolas de plástico - Antonio Cruz/Agência Brasil
O primeiro ambiente é o da Casa
Inteligente. Dividida em quatro cômodos – quarto, sala, cozinha e banheiro – o
espaço reúne tecnologias facilitadoras do dia-a-dia que podem virar realidade
em poucos anos. O espelho que funciona como uma guarda-roupa digital rouba as
atenções já na entrada ao local. Depois de cadastrar fotos de todas as peças do
armário, as pessoas montam o figurino que querem usar no dia através de uma
tela.
Na cama, o travesseiro ergonômico
é produzido com copos e sacolas de plástico. No jardim, sistemas de irrigação
automáticos garantem economia de água com a garantia de jardins verdes sempre.
No espaço reservado aos bichinhos de estimação, a alimentação e a água é são
disponibilizadas por máquinas que calculam e oferecem as quantidades necessárias.
Cidade do futuro
Alguns passos adiante, o
visitante ingressa em uma cidade do futuro onde as inovações enchem os olhos de
crianças e adultos. Além dos carros elétricos, com funções cada vez mais
modernas, o espaço moda disputa o interesse dos visitantes. Como uma espécie de
alfaiate virtual, uma máquina tira as medidas da pessoa e, a partir de um
sensor tátil, também verifica a textura da pele e possíveis alergias que podem
conduzir a escolha do tecido que será utilizado. Em 30 minutos, as informações
são passadas para um outro estande que imprime a roupa escolhida em peça real e
um drone leva a peça da “fábrica” até a “loja” onde o cliente recebe o produto.
No mesmo espaço que simula ruas e
lojas de todos os tipos, é fácil esbarrar em um robô gigante. Também é possível
tomar um café com sua foto impressa no líquido, por um equipamento que ainda
não existe no Brasil.
Na mesa garçom é possível escolher bebidas,
ingredientes de uma pizza, e também pagar pelo pedido - Carolina
Gonçalves/Agência Brasil
Das inovações que já podem ser
encontradas em cidades como São Paulo, está, por exemplo, a mesa garçom, na
qual é possível escolher bebidas, ingredientes de uma pizza, e também pagar
pelo pedido em poucos minutos.
Nas “ruas”, circulam inventos
como o fabricado por Rafael Flausino. Com o filho cadeirante que queria
andar de bicicleta, Flausino procurou um curso de mecânica para saber como
realizar o sonho do pequeno. “Ele queria muito, então procurei saber como faria
uma cadeira de rodas que pudesse ser acoplada a uma bicicleta. A mesma cadeira
pode ser encaixada e desencaixada e, se a pessoa estiver cansada ainda é
possível deitar a cadeira”, explicou.
O projeto de Flausino é um
protótipo. Atende à necessidade de sua família, mas, em poucas horas, mais de
um investidor parou para conhecer o projeto. Se houver interesse, a bicicleta
poderá passar a ser produzida para o mercado.
Saúde
Óculos para deficientes visuais com sensores de ré,
os mesmos usados em carros - Carolina Gonçalves/Agência Brasil
No evento, também é possível
conhecer a proposta de um centro de saúde que prioriza o monitoramento
constante de indicadores de saúde das pessoas, para que a prevenção se
sobreponha ao tratamento. Caso seja necessário, um robô, conhecido como Da
Vinci, mostra como a tecnologia pode ser usada em cirurgias demorando 25% do
tempo usual necessário para uma equipe médica.
Outro espaço considerado prioritário
pelos organizadores, é a Escola do Futuro, onde cerca de dez estandes mostram o
produto de “provocações” aos alunos para que foquem seus esforços mais na
solução de problemas do que em disciplinas tradicionais.
O resultado aparece em produtos
como os óculos para deficientes visuais com sensores de ré, os mesmos usados em
carro. Com isto, pessoas que usam apenas bengalas para garantir segurança no
caminhar têm um instrumento a mais para sinalizar obstáculos à frente.
Disputas
Este é o primeiro ano em que a
Olimpíada funciona mais como exposição do que como uma série de competições.
Mas as disputas entre grandes inventores não ficou totalmente de fora do
evento.
Na área destinada à robótica,
nove projetos concorrem a uma premiação que será anunciada no domingo,
último dia da Olimpíada. Alunos de várias partes do país foram desafiados a
criar processos para otimizar e melhorar serviços nos portos. As criações se
concentram, por exemplo, em maneiras de facilitar o atracamento de navios e o
estacionamento de containers.
Edição: Sabrina
Craide
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